ESTADOS QUE PRETENDEM DIMINUIR CONSUMO DE PLÁSTICO DEVEM IR ALÉM DE SACOLAS E CANUDOS

ESTADOS QUE PRETENDEM DIMINUIR CONSUMO DE PLÁSTICO DEVEM IR ALÉM DE SACOLAS E CANUDOS

Sacolas plásticas e canudinhos estão sendo vetados em várias partes do mundo, inclusive, no Brasil. Recentemente, no Rio de Janeiro, entrou em vigor a lei que proíbe a distribuição e a venda de sacolas descartáveis em estabelecimentos comerciais. A meta do Estado é atingir todo o comércio até o final deste ano. Até a aprovação da lei, os supermercados do Rio utilizavam cerca de 4 milhões de sacolas plásticas por ano. Agora, os estabelecimentos deverão substituí-las por versões reutilizáveis. O projeto de lei é do deputado Carlos Minc (PSB), ex-ministro do Meio Ambiente. Segundo ele, o texto foi inspirado na legislação de São Paulo, onde alguns estabelecimentos já cobram pelas sacolas.

Canudos plásticos

Em São Paulo a batalha para evitar a distribuição exacerbada de plástico continua. O Governador João Doria (PSDB) anunciou recentemente que em breve será aprovado na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) a lei que proíbe canudos plásticos no estado. Na semana passada, o prefeito Bruno Covas (PSDB) assinou um texto coma as mesmas regras, valendo para capital – que deve entrar em vigor daqui a seis meses. Os canudinhos já são proibidos no Rio de Janeiro desde 2018, várias outras cidades e estados brasileiros também estão criando leis semelhantes.

Delivery

As medidas que estão sendo tomadas no Brasil faz parte de uma pressão crescente contra o acúmulo de lixo. O país é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo – segundo dados do Banco Mundial, o Brasil produz 11,3 milhões de toneladas por ano. Fica atrás de Estados Unidos, China e Índia. Apenas 1,2% de todo material é reciclada, número bem abaixo da média mundial, que é de 9%.

A questão é ir além dos anedóticos canudinhos. Na China, o grande debate público envolve o plástico usado pelos cada vez mais presentes serviços de entrega de produtos e comida. A estimativa é que o uso de embalagens para entrega de comida tenha crescido nove vezes no país em dois anos, para 1,8 milhão de toneladas de recipientes plásticos em 2018.

De certa forma, a China está adiantada numa tendência que ganha força no Brasil, com as pessoas abandonando o hábito de cozinhar ou de sair para comer pelo delivery de pratos prontos e até de xícaras de café. Por lá, os aplicativos de entrega de comida faturaram 70 bilhões de dólares em 2018.

Embalagens também se avolumam com o crescente hábito de compras online de todo tipo de produto, com o uso intensivo de plástico e papelão. Ao abandonar o canudinho, mas comprar o jantar e o supermercado online, os consumidores moderninhos estão, na verdade, piorando o problema do lixo. São questões que devem entrar no radar de governantes brasileiros no futuro.

 

Com informações de: Exame online 

1 Comment

  1. […] nova diretriz vale inclusive para a China, onde leis locais exigem que os testes sejam feitos em algumas fórmulas para garantir a segurança […]

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